Desenvolvida por Cidália Pina Vaz, professora catedrática da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, esta tecnologia permite a entrega aos clínicos de um antibiograma em apenas 2 horas após confirmação de um diagnóstico de infeção, por contraste às habituais 48 horas. Assim, os ajustes terapêuticos poderão ser realizados num tempo de resposta sem precedentes em medicina, com melhoria atempada da situação clínica destes doentes críticos, e consequente impacto no sistema de saúde.
Na realidade, esta tecnologia promove a sustentabilidade do Sistema Nacional de Saúde (SNS). Um estudo económico atualmente em desenvolvimento promovido pela FASTinov e com o envolvimento de diversos profissionais de saúde de hospitais de referência nacionais, aponta já, através de dados preliminares, para poupanças no sistema de saúde na ordem dos 1.400 € a 2.200 € por cada doente que é testado usando esta tecnologia face ao método convencional. A FASTinov já está presente em hospitais de referência como o Hospital de Santo António, no Porto, e no Instituto Português de Oncologia do Porto.
“Trabalhando em conjunto com unidades de saúde de referência, estamos a implementar a resposta mais rápida do mundo à sepsis/bacteremia, uma condição grave que afeta doentes em múltiplos contextos, e que requer uma resposta imediata aos doentes que sofram desta condição. Esta conquista é um marco significativo não apenas para o Hospital de Santo António, Porto e IPO Porto, mas também para a inovação médica nacional, dado a tecnologia estar no momento em expansão Europeia”, afirma Nuno Afonso, Presidente e CEO da FASTinov.
Segundo Nuno Afonso, “além do Hospital de Santo António, Porto, também o IPO Porto, nomeadamente o Serviço de Patologia Clínica, sob direção de Gabriela Martins, foi pioneiro global a integrar esta tecnologia recentemente e comunicou já em congresso os primeiros resultados positivos.”
Após uma fase de validação em Portugal e em Espanha em mais de 600 doentes, esta tecnologia foi avaliada por vários hospitais nacionais em 2023 em mais de uma centena de doentes, sendo que a sua integração na rotina hospitalar está a cargo da empresa Quilaban. Para além disso, a sua implementação está em expansão, tendo sido já utilizada em hospitais universitários de referência em Espanha (Madrid e Sevilha) e estando a ser preparada a integração em Itália e outros países Europeus, antes de chegar mais tarde aos Estados Unidos da América.